terça-feira, 6 de setembro de 2016

A difícil arte de ser feliz

Há quem dia que a felicidade são momentos de alegria...
Há quem diga que ser feliz é coisa para poucos…
Há os que sonham com a felicidade… e esquecem de acordar!
Há aqueles que insistem em buscá-la nas conquistas materiais e passam uma vida batalhando para comprar sua felicidade…
Há os que nunca a encontram…
Há os que vivem nela e não sabem…
Há os que sabem vivê-la!
Constantemente me pego pensando sobre o que diferencia tanto as opiniões acerca da felicidade. Será ela tão polêmica assim? De tão difícil compreensão? De quase impossível conquista? Chego a preocupar-me diante de tantas opiniões se realmente sei o que seja a felicidade! Logo eu que acreditei tê-la ao meu lado como companheira!
Existe uma frase de “para-choque de caminhão” que diz mais ou menos assim: “quando não se sabe para onde vai, qualquer lugar serve!” Acredito que com a felicidade aconteça o mesmo.
Neste mundo que vivemos, ou talvez deva dizer, sobrevivemos, ao longo dos tempos, o sentido de bem viver foi mudando e acompanhando a evolução (ou talvez deva dizer involução), a transformação tecnológica, as conquistas intelectuais, as tendências globalizadas mundiais. Penso que as pessoas globalizaram também o significado da felicidade. Tendem a pensá-la como um conceito amplo, buscam alinhá-la ao sentido que o mundo comercial, social, político, religioso dá para ela.
É justamente aí que mora o perigo! Se não sei o que é a felicidade para mim (e só para mim), qualquer coisa que me digam ser a felicidade, serve. E vou atrás dela numa sôfrega busca de algo que, quando atinjo, já não me satisfaz mais… e torno a repetir: “felicidade é para poucos”… “será que existe mesmo?”…
Acho que o difícil mesmo é consultar-se com a consciência da razão e não da emoção. Olhar com os olhos internos o que vai lá dentro, no mais profundo sentido da sua própria vida. Pois caso continuemos olhando com os olhos externos, continuaremos dando o sentido externo e globalizado da felicidade e, o mais sério disto tudo, continuaremos buscando alinhá-la a um sentido que não é nosso.
Talvez aí more parte da solução do enigma “A ARTE DE SER FELIZ”
– Ela é pessoal, intransferível, personalizada e muito sua.
– Às vezes a felicidade não está ao final da sua busca, e sim, é a própria busca.- Portanto, só você pode saber do que a sua é composta para sair em busca.
– Portanto, esteja atento para não buscar em vão!
– Às vezes é necessário não escutar o que as falas externas dizem sobre o que seja a felicidade. Este som vai atingir diretamente suas emoções, e confundi-lo.
– Portanto, priorize ouvir o silêncio interno e ativar a consciência da razão. É menos gostosa que a emoção, porém, é o único meio de conseguirmos encontrar realmente o que é para nós a felicidade. Para daí, e somente a partir daí, saber buscá-la.

“Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho”
MAHATMA GANDHI



“Quantas vezes a gente, em busca da ventura,
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão, por toda parte, os óculos procura
Tendo-os na ponta do nariz!”
MARIO QUINTANA