segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

A vida é um ciclo...






Você que sente muito, que sente as dores do mundo, que chora sua dor e a do outro…
Partir parte com um pedaço da gente. Parte com o outro nossa saudade, nosso cheiro, nosso afeto. A dor da partida é intensa para todos, seja por dentro ou por fora, de forma explicita ou não. É a mistura do caos e do cosmos, da aceitação e da não compreensão. Partir é deixar ir um pouco daquilo que cativamos.
A vida é esse ciclo constante de términos e inícios. Sempre que algo nasce, antes morre alguma coisa, é assim como semente que germina, como filho que nasce, como um relacionamento que termina, como um projeto que se inicia. As coisas só começam quando outras terminam, parece óbvio mas em muitos momentos nos esquecemos disso.
É preciso deixar ir quando se sabe que é hora de partir, quando é tempo de viver outras experiências, quando o trabalho não inspira mais, quando o corpo precisa descansar, quando a magoa e a falta de perdão corroem a alma, quando o relacionamento deixa de ser construtivo e respeitoso… deixar ir quando você sabe que é preciso. Mesmo que doa, mesmo que os primeiros dias/meses/anos sejam difíceis. Libertar-se do que faz mal ou que não serve mais...
O conformismo pode nos paralisar, com o medo do que virá, do que poderá perder, dos passos incertos no desconhecido. Em contra partida, deixar ir é descobrir novos horizontes, ir além de todas as suas capacidades e se reinventar, se auto avaliar. 
A vida é um ciclo constante.
Tudo passa.
Dias difíceis passam.
Pessoas chegam e se vão.
É hora de dar um novo passo. 
De ter coragem para continuar a ter fé na vida apesar de tudo.